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Familia - Uma cosmovisão Cristã 2/4

Por The Coalition on Revival, Inc.

Pais e filhos

15. Afirmamos que os filhos são uma benção do Senhor, de um valor maior que a capacidade humana pode medir, e devem ser recebidos com gozo ao seio da família como presentes preciosos que provem d´Ele; que os filhos pertencem unicamente a Deus, com os pais como mordomos ordenados por Deus; e que Deus dá aos pais a responsabilidade principal e a autoridade para a educação e para o bem estar físico, social, emocional e espiritual dos filhos (Gênesis 33:5; Salmo 78:1-8; 127:3-5; Provérbios 17:6; 1 Timóteo 2:15; Efésios 6:1-4; Deuteronômio 4:9; 6:1-9).

Negamos que os pais devam adotar o espírito secular anticonceptivo da cultura que promove o abuso, o descuido, a exploração, a ausência ou a inacessibilidade paterna, a falta de supervisão, a paternidade social em lugar da criação familiar, a excessiva segregação por idade e a influência dos colegas sobre as crianças; o uso das necessidades delas como peões políticos, a educação das crianças como experimento social e a usurpação governamental das responsabilidades paternas; e que as crianças devam ser tratadas como um mal que deva ser abortado ou impedido, como uma carga financeira que deva ser apoiada ou limitada, ou a propriedade de um dos pais ou do Estado.

16. Afirmamos que os pais devem refletir a retidão, justiça, misericórdia e amor de Deus na disciplina, treinamento e cuidado dos filhos menores (Provérbios 22:6; 29:15; 1 Samuel 3:13; Salmo 78:1-8; 2 Timóteo 1:5; 3:15; 2 Coríntios 12:14; Efésios 6:1-4).

Negamos que o Estado tenha direito algum de minar ou acabar com a justa autoridade dos pais, ordenada biblicamente, reclamar ou usurpar – de pais que não tenham sido condenados por abuso físico ou negligência, o papel do educador primário, provedor e protetores de crianças.

17. Afirmamos que Deus manda a todos os filhos honrar seus pais e, aos filhos maiores, manda obedecê-los no Senhor; que a Escritura dá aos pais o direito e a responsabilidade de fazer cumprir a obediência através da disciplina, incluindo a disciplina corporal (Deuteronômio 5:16; 2 Samuel 7:14, cf. Provérbios 3:11, 12; Provérbios 13:24; 22:15; 23:13; 29:15); e o treinamento na obediência piedosa no fundamento do autogoverno pessoal e de todos os governos civis dos homens e as mulheres livres.

Negamos que a família deva ser uma democracia, que a obediência que se faz cumprir em amor seja prejudicial para a criança; e que o governo civil tenha algum direito de definir a disciplina corporal sabiamente administrada como “abuso infantil” ou que permita as crianças se “divorciarem” de seus pais.


Treinando as crianças para o amadurecimento

18. Afirmamos que a meta da paternidade cristã deve ser apresentar os filhos ante o Senhor como adultos responsáveis e espiritualmente maduros para o momento que alcancem seu pleno amadurecimento físico (Lucas 2:41, 42).

Negamos que a adolescência deva ser artificialmente prolongada para mais longe do amadurecimento físico; que os adolescentes tenham o direito de serem irresponsáveis e centrados em si mesmos; e que os mais velhos devam esperar ou permitir tal conduta da parte deles.


Os avós, parentes idosos ou incapacitados

19. Afirmamos que a família deve prover cuidado amoroso emocional, espiritual e físico para seus membros idosos dependentes ou incapacitados, e deve respeitá-los reconhecendo seus anos de experiência e potencial para ensinar sabedoria a aqueles que são mais jovens (1 Timóteo 5:4-8; Mateus 15:1-9); que Deus tem um propósito para os avós e para os outros parentes idosos (Gálatas 6:10); e que os avós são responsáveis de ensinar primeiro a seus filhos adultos como ensinar seus netos, e segundo, ajudar a garantir que isto realmente aconteça (Salmos 78:1-8).

Negamos que a sociedade deva abusar ou ignorar os membros da família já idosos ou incapacitados, a considerá-los como pessoas sem valor ou como mera carga, ou acelerar suas mortes por meio da “eutanásia” ou qualquer outro meio, e que a velhice deva ser um tempo para a busca individual e egoísta.

20. Afirmamos que os parentes incapacitados, devido à idade ou por qualquer outra incapacidade, têm o direito de encontrar repouso e cuidado nos lares de seus filhos ou outros membros próximos da família, se possível, física ou medicamente; e que os Cristãos devem prover a seus parentes incapacitados (1 Timóteo 5:4, 8, 16), e para as pessoas idosas em aflição e que não são, necessariamente, parentes (Tiago 1:27).

Negamos que os idosos devam ser vistos como uma moléstia e ter rejeitada sua habitação com seus filhos porque sejam uma carga ou inconveniência (cf. o livro de Ruth); e que as pessoas mais velhas com corpos e mentes razoavelmente sãs devem esperar que outros lhes apóiem em um estilo de vida ocioso ou egoísta (1 Tessalonicenses 4:11; 2 Tessalonicenses 3:10).


Matrimônio: escolhas e compromissos

21. Afirmamos que o homem que deseje casar deve consultar o conselho sábio, incluindo o da sua família (Provérbios 15:22), e escolher sua esposa sob a direção de Deus em busca de um caráter piedoso (Centrado em Deus) e idoneidade, como sócia em seu chamado [d’Ele] (Gênesis 2:18, 20-21; Provérbios 18:22; 31:10-31; 1 Coríntios 7:28, 36).

Negamos que os Cristãos devem casar com não Cristãos, e que o atrativo sexual ou outras considerações carnais devam ditar a um Cristão sua escolha da parceira (1 Coríntios 7:39; 2 Coríntios 6:13-14; Provérbios 31:30).

22. Afirmamos que os votos matrimoniais são um pacto solene e sagrado entre ambos contraentes e Deus; que é deplorável quando não se faz valer estes votos por meio da lei ou da Igreja e tenha perdido assim significado; que as sanções das Escrituras devem ser requeridas daqueles que quebraram os votos matrimoniais de maneira antibíblica; e que a Igreja deve trabalhar para restaurar o pleno reconhecimento do matrimonio como um pacto legal obrigatório perante Deus.

Negamos que a Igreja e o Estado não tenham a responsabilidade de fazer valer os votos que eles administraram.



Divorcio e Novo Casamento

23. Afirmamos que, ao se casar, um Cristão aceita assumir as imperfeições do cônjuge; portanto, essas imperfeições não podem ser interpretadas como razões para o divórcio; que pode haver um cônjuge inocente em um divórcio, mas nunca dois; que o perdão de Deus pode estender-se a qualquer pecado relacionado com o divórcio; que o perdão de Deus é outorgado àqueles que humildemente arrependem-se diante d’Ele e recebem a Jesus Cristo como Salvador e Senhor; que o arrependimento pode requerer a reconciliação com um cônjuge injustamente divorciado ou outra prova tangível de uma mudança de coração; e que a Igreja deve requerer provas do arrependimento antes de restaurar à pessoa divorciada a comunhão. Negamos que exista alguma base bíblica para o divórcio “sem culpa”; que a sociedade e a lei devam sancionar o divórcio “sem culpa” baseando na demanda; e que Deus deseje que a Igreja restaure a comunhão àqueles que não mostram nenhum sinal de arrependimento ou disposição e esforço para fazer restituição ao cônjuge ferido.

24. Afirmamos que, como o nome de Deus é invocado em um casamento Cristão, tal matrimônio não pode ser desfeito sem trazer vergonha ao nome de Deus (Mateus 19:6; Êxodo 20:7; Mateus 5:33-37); que a intenção de Deus para o casamento na criação foi um homem para uma mulher até que a morte os separem; que a destruição das relações matrimoniais é uma infração do pacto que desagrada a Deus; e que ainda que a Escritura apresente bases para isso, Deus ainda odeia o Divórcio (Malaquias 2:16). Negamos que terminar um casamento, em divórcio, glorifique a Deus.

25. Afirmamos que o casamento é por toda a vida e que ninguém deveria entrar levianamente (Mateus 19:9,10); e que a Escritura reconhece apenas uma justificação para o divórcio (o adultério de um dos cônjuges, Mateus 5:27-32); e outra possível justificativa (o abandono do cônjuge, que podemos entender como uma forma de adultério, 1 Coríntios 7:10-15), e que somente aqueles divorciados por estas razões podem aspirar um novo matrimônio de forma legítima. Também está (não consta no texto original): uma causa irremediável, conforme Esdras 10. Negamos que qualquer pessoa divorciada por qualquer razão diferente a estas possa ser considerada como alguém que tenha passado por um divórcio biblicamente sancionado.

26. Afirmamos que quando acontece o divórcio devemos estender a compaixão para com o cônjuge injustamente divorciado, se há algum, e nosso perdão e o perdão de Deus onde seja apropriado. (Mateus 19:5-9; 1 Coríntios 7:10-13).

Negamos que o divórcio nunca tenha sido uma intenção de Deus na criação, e que o divórcio deva ser um substituto dos esforços sustentados, mesmo ao longo da vida, para resolver os conflitos materiais, para perdoarem uns aos outros e para se servirem mutuamente e prover as necessidades um do outro.


Famílias Quebradas

27. Afirmamos que o Corpo de cristo deve mostrar uma grande compaixão e apoio às famílias quebradas com crianças pequenas, seja a ausência de um pai devido à morte, ao divórcio, ao abandono, ou por adoções outorgadas a pais solteiros, e que a graça, a força, o perdão e o pastorado de Deus estão sempre disponíveis para aqueles que o buscam de maneira humilde e em espírito de arrependimento (Oseias; Provérbios 5:18; Efésios 5:23, 24, 32; Marcos 10:2-12; Eclesiastes 9:9; Romanos 7:2; Mateus 5:2; 19:1-12; Tiago 4:1-3).

Negamos que as famílias com um só pai/mãe estão inevitavelmente condenadas ao fracasso, e que a família de Deus pode justificadamente evitar ou negar a um Cristão que tenha sido vítima de um divórcio ou tenha perdido seu cônjuge, exceto onde a disciplina da Igreja tenha sido executada de maneira bíblica e que a pessoa não tenha se arrependido.

Relações Familiares

30. Afirmamos que todos os membros da família, como todos os outros seres humanos, são caídos e imperfeitos e necessitados de perdão e redenção por parte de Deus, e perdão por parte dos demais membros, e que os Cristãos devem se esforçar por mostrar-lhes a mesma cortesia aos membros da família que mostram àqueles fora da família (Tiago 2:8,9), manifestando amor, gozo, paz, paciência, benignidade, bondade, fé, mansidão e autocontrole para com os membros da família (Gálatas 5:22; 23).

Negamos que os membros da família devam se comportar de maneira auto-suficiente ou negando o perdão uns aos outros, e que um Cristão tenha menos necessidade de autocontrole e cortesia em casa do que tem no mundo exterior (Gálatas 5:13-24; I Corintios 13).

31. Afirmamos que o conceito Bíblico do amor inclui à criança, o sustento, o consolo, o cuidado, o contato físico e a expressão verbal de respeito interno como atos de amor entre os membros da família; que os membros da família devem amar, animar, apoiar, proteger, consolar, respeitar, perdoar e se cuidar carinhosamente, uns anos outros; e que os membros da família devem usar o tempo para expressar afeto e respeito uns aos outros de maneira física e verbal (1 Corintios 13; Marcos 10:14; Efésios 6:4; Isaías 40:11;Salmo 27:11). Negamos que os membros da família devam se sentir como garantidos ou se privarem do amor mútuo necessário.

32. Afirmamos que a família sujeita a Deus é um organismo que funciona unido para metas comuns; que Deus dá aos membros da família diferentes papeis e habilidades; que aqueles em autoridade nas famílias podem, reconhecendo as diferenças nos papeis, dons e habilidades, requerer ajuda dos talentos ou da sabedoria daqueles postos sob sua autoridade sem comprometer sua própria autoridade (e.x. um esposo pode aceitar algumas vezes, com sabedoria, o juízo da esposa sem comprometer sua posição de liderança); e que um pai pode aceitar o afloramento sensível de um filho sem comprometer a autoridade paterna.

Negamos que a família seja uma ditadura (1 Pedro 5:2, por analogia); que um membro de uma família deva manipular, esmagar ou reprimir a outro membro, tratando-o como se não fosse uma pessoa ou ignorando suas necessidades e dons; e que um esposo ou esposa debilitem sua autoridade por submeter-se ao juízo santificado daqueles que se encontram sob sua própria autoridade (Provérbios 12:15).

33. Afirmamos que os resultados tanto do pecado como da impiedade, afetam as gerações familiares subsequentes, e que portanto, os pais devem esforçar-se para dar aos filhos um fundamento mais Bíblico do que eles mesmos tiveram para que a Igreja possa crescer e não decair (Deuteronômio 5:9, 10, 16; Jeremias 35:18, 19; Salmo 78:1-8; 51:5; Lamentações 5:7; Êxodo 20:5; Atos 2:39).

Negamos que os pais tenham pouco ou nenhum impacto sobre a vida de seus filhos e das gerações subsequentes.

34. Afirmamos que o princípio governante de toda a interação familiar deve ser um justo e Bíblico exercido através do poder do Espírito Santo e entregue, apesar do desempenho, atitudes ou circunstâncias, e que este amor expressa-se ao colocar as necessidades dos outros membros antes mesmo das nossas (João 15:22; 13:35; 1 Corintios 13; Colossenses 3:14; Filipenses 2:1-4).

Negamos que as atitudes egoístas dos membros individuais da família – que destroem a unidade matrimonial, perturbam a unidade familiar, conduzem ao descuido das necessidades dos cônjuges ou dos filhos, e interferem com o ministério dos outros – sejam justas em algum momento.

Continua…

*** Fonte: Movimento Reforma Via: 2Timóteo 3.16

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